
Por Rúbia RiGomes
Mudam as estações; mudam os anos bem como os séculos. Mudam os nossos planos, os desejos, os sonhos... Pessoas se vão. E, entretanto, com toda a aura de mudança que envolve nossa realidade, é como se pouca coisa mudasse. As estações mudam, mas repetem exatamente o que produziram no ano passado. Os anos mudam e revivemos os mesmos meses do ano anterior. Contudo, quando as pessoas partem e nos silenciamos para uma reflexão profunda, percebemos que mudanças bruscas causadas pela separação entre vida e morte acontecem todos os dias. E sempre, sempre acontecem quando menos esperamos.
Aqui em Mimoso, nos últimos dias, experimentamos a dor da perda seguidamente. Dona Augusta, Dona Juliana, Dona Maria e Dona Adriana deixaram saudades imensas. E mesmo assim, mais recentemente quando perdemos o Sr. Vivaldo Paiva, fomos mais uma vez surpreendidos pela mesma dor. A mesma sensação de vazio e impotência que nos acomete sempre que perdemos alguém querido por nós. É difícil aceitar que nunca mais teremos a presença do, antes “seu”, agora “nosso” Vivaldo Paiva.
Mas diante da realidade de que precisamos aceitar o inevitável, jamais nos esqueceremos dos grandes olhos azuis, do sorriso, da alegria, das sugestões e da tranqüilidade que emanavam do primeiro diretor do Colégio Tiradentes. Certamente, se fossemos relatar a chegada do Sr. Vivaldo e o envolvimento que ele tinha com nossa cidade, gastaríamos bem mais do que o tempo que dispomos aqui. Seu Vivaldo, enquanto diretor do Tiradentes, motivou os colegas de trabalho o quanto pode para que dessem o melhor de si em suas responsabilidades. Enquanto pessoa conquistou sinceras amizades.
Ele se foi para os braços daquele que o criou, todavia permanece conosco a lembrança e a influência de sua passagem por nossas vidas. Algumas pessoas conviveram de perto, outras jamais o conhecerão pessoalmente. No entanto, as perspectivas e os novos horizontes trazidos para Mimoso de Goiás através da existência de Vivaldo Paiva, são inegáveis. Jamais deixarão de fazer parte de nossas origens, nossas bases, nossa gente. Que a saudade que sentiremos dele converta-se em energia para acreditar que sempre podemos melhorar o que já existe através de nossas ações mais simples. E que possamos nos alegrar pela benção de sua existência.