
Passamos o resto da tarde nos refrescando nas rasas águas do rio Salobro. Sorrimos, fizemos pose, tiramos fotos e foi uma delícia. Eu e duas amigas tomamos sol e brincamos de nadar. A tarde estava quente e aquela parte do rio era nossa. A água limpa, clara, saudável, sem o risco de intoxicação. Privilégio para poucas populações ter um tesouro assim tão perto de casa, para lhes aliviar do calor.
O rio Salobro é pouco caudaloso, mas em suas margens, meninos aprenderam a nadar, enquanto as mães lavavam roupas ou vasilhas. Porém, de uns anos para cá, a nascente do rio foi desmatada e agora percebemos o seu manso leito minguar. Assistimos as águas daquele rio secarem tristemente, como se isso não nos afetasse e não tomamos providências. Fala-se em rios defuntos e em alguns ribeirões que devido a esses abusos já não existem mais. Olho a paisagem verde e lembro das comunidades ribeirinhas que vivem do São Francisco, em Minas Gerais. Outro dia, um cacique indígena falava sobre os planos do governo para aquele rio e seu rosto demonstrava um coração triste. Entendo seu sentimento e compartilho com ele a mesma preocupação. Quais serão os reais benefícios daquela transposição?
E aquele rio de São Paulo, o Tietê? Quantos erros ainda vão cometer? Nesse caso o rio não secou, mas ainda assim não sobreviveu. Sua contaminação certamente começou sem má intenção. E agora não temos mais peixes nadando naquelas fartas águas. E recentemente surge uma outra situação, agora mundial. É o tal aquecimento global que vem tirando o sono de boa parte da população.
Conheci um menino, que hoje já é homem. Ele viveu sua infância às margens do salobro tomando banho escondido com outros colegas. A mãe vivia repreendendo-o para não ir ao rio sem ela. Não que fosse perigoso, aquilo era capricho de mãe. Nem os castigos e algumas surras que levou não lhe demoviam do prazer que eram aquelas tardes com seus amigos. Um dia, em um destes banhos proibidos, apareceu um garoto que levou suas roupas e ele teve de voltar para casa em cuecas. Sua mãe quase morreu de rir e ele continuou tomando banho escondido no rio. Olho para o Salobro e penso em Mimoso. Como ele ficará se o rio de fato vier a secar? Como foram desmatar a nascente do rio? Ignoram os prejuízos que uma ação dessas pode causar ao meio ambiente? Agora é a hora de plantar novas árvores e ensinar as crianças que é necessário aprender a preservar. Sem o Salobro ficaremos sem amigos, sem banhos gelados, sem histórias de enchentes para contar.
O rio Salobro é pouco caudaloso, mas em suas margens, meninos aprenderam a nadar, enquanto as mães lavavam roupas ou vasilhas. Porém, de uns anos para cá, a nascente do rio foi desmatada e agora percebemos o seu manso leito minguar. Assistimos as águas daquele rio secarem tristemente, como se isso não nos afetasse e não tomamos providências. Fala-se em rios defuntos e em alguns ribeirões que devido a esses abusos já não existem mais. Olho a paisagem verde e lembro das comunidades ribeirinhas que vivem do São Francisco, em Minas Gerais. Outro dia, um cacique indígena falava sobre os planos do governo para aquele rio e seu rosto demonstrava um coração triste. Entendo seu sentimento e compartilho com ele a mesma preocupação. Quais serão os reais benefícios daquela transposição?
E aquele rio de São Paulo, o Tietê? Quantos erros ainda vão cometer? Nesse caso o rio não secou, mas ainda assim não sobreviveu. Sua contaminação certamente começou sem má intenção. E agora não temos mais peixes nadando naquelas fartas águas. E recentemente surge uma outra situação, agora mundial. É o tal aquecimento global que vem tirando o sono de boa parte da população.
Conheci um menino, que hoje já é homem. Ele viveu sua infância às margens do salobro tomando banho escondido com outros colegas. A mãe vivia repreendendo-o para não ir ao rio sem ela. Não que fosse perigoso, aquilo era capricho de mãe. Nem os castigos e algumas surras que levou não lhe demoviam do prazer que eram aquelas tardes com seus amigos. Um dia, em um destes banhos proibidos, apareceu um garoto que levou suas roupas e ele teve de voltar para casa em cuecas. Sua mãe quase morreu de rir e ele continuou tomando banho escondido no rio. Olho para o Salobro e penso em Mimoso. Como ele ficará se o rio de fato vier a secar? Como foram desmatar a nascente do rio? Ignoram os prejuízos que uma ação dessas pode causar ao meio ambiente? Agora é a hora de plantar novas árvores e ensinar as crianças que é necessário aprender a preservar. Sem o Salobro ficaremos sem amigos, sem banhos gelados, sem histórias de enchentes para contar.






